segunda-feira, 4 de maio de 2015

CAU / SP UM NOVO DESAFIO


Quando achava que já havia contribuído plenamente para a profissão de arquiteto e urbanista eis que surge uma nova oportunidade, um novo desafio, representado pelo convite de assumir a Gerencia Regional do CAU/SP em Santos em toda a baixada
.
Abracei essa nova empreitada com grande expectativa e entusiasmo por representar um reconhecimento e um coroamento de uma trajetória profissional repleta de desafios e conquistas, desde os longínquos 50 anos da minha formatura na FAUUSP.

Aceitei por me sentir preparado e motivado para continuar a levar nossas bandeiras pelo reconhecimento da Arquitetura e Urbanismo brasileiros de forma autônoma, independente num Conselho próprio, fruto de uma luta histórica da qual participei.

Sempre estive ao lado dos colegas que empreenderam essa luta, seja no IAB, seja do Sindicato dos Arquitetos ou nas permanentes comissões de trabalho ligadas ao tema.

O novo desafio é grande a começar pela falta de reconhecimento da sociedade brasileira em geral da importância do trabalho do arquiteto e urbanista, corroborada pela falta de uma cultura política atrasada que não vê no planejamento urbano e no projeto como instrumentos importantes para a melhor qualidade de vida nas nossas cidades e nossos espaços.

A Arquitetura e o Urbanismo têm uma clara formação humanística e artística que a distingue das demais profissões técnicas, que além de se preocupar com as questões funcionais e dimensionais, as transcendem ao agregar valores históricos, sociológicos, emocionais, etc.

Nos arquitetos, somos preparados para trabalhar o espaço construído, desde a sua concepção elaboração e desenvolvimento, seja na escala urbana ou nos interiores e exteriores das nossas edificações.

É essa condição que garante ao Arquiteto e Urbanista uma extensa faixa de trabalho ÚNICA E EXCLUSIVA, derivada da sua longa formação de disciplinas técnicas e humanas.

Não somos contra nenhuma outra atividade profissional que venha concorrer positivamente para a execução do complexo trabalho multidisciplinar inerente ao ato de construir nossos edifícios e cidades.

Somos sim a favor de um exercício profissional de qualidade e responsável, com boas práticas que preservem a individualidade das profissões e das suas atribuições especificas, oriundas do ensino e da formação.

Lamentavelmente ainda permanecem nos nossas entidades e Conselhos, alguns dos velhos resquícios burocráticos e corporativos, além da questão do sombreamento profissional que, diferentemente do dia a dia da  atuação real, criam disputas políticas profissionais estéreis e que atrapalham a defesa saudável da Arquitetura e Engenharia nacionais de reconhecidas qualidades em nível internacional.

Sabemos que ainda temos um longo caminho político pela frente na divulgação do papel do novo Conselho, de convencimento dos prefeitos e vereadores da importância do cumprimento da nossa legislação, em visitas e palestras às Instituições de Ensino e da sociedade em geral para ganharmos visibilidade e credibilidade.

Sabemos também que devemos continuar lutando em benefício da valorização da Arquitetura, do Urbanismo e do Ensino, apesar das dificuldades apresentadas e de contarmos com uma pequena estrutura oficial e ainda do número reduzido de profissionais em relação aos enormes desafios urbanos e de habitação brasileiros.

Mas estamos confiantes na tarefa.

Arquiteto Edison Eloy de Souza

Gerente da Regional de Santos e Região

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