segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

AUCKLAND / NOVA ZELANDIA



Qualidade de Vida

Maravilhosa cidade que visitamos em Marco de 2013 é considerada a Cidade das Velas, pelo maior numero de barcos de lazer per capita no mundo, AUCKLAND se destaca pela alta qualidade de seus espaços urbanos e do seu modo de vida, como pode ver nas imagens apresentadas.

Pela presença da água do mar, circundando varias ilhas e vulcões os esportes náuticos prevalecem como atividades naturais.

Salvo poucas exceções não há obras de Arquitetura isoladas, dessas que seguem o modismo de grandes nomes internacionais, que se destacam na paisagem. O que prevalece são obras de caráter urbano, principalmente junto à agua, como marinas, atracadores e habitações de qualidade. As obras de revitalização urbana nas áreas do antigo porto são permanentes.

Destacam-se algumas obras como estação Rodoferroviária, a Sky Tower, com direito a bungee  jumping externo, o Museu Histórico, o Pavilhão de Eventos e o Auckland Art 

Passeio do Water front north warf

                                                          Histórico Ferry Building
                              Auckland Art Gallery / FJMT +Archimedia Architets 2011
                                       The Cloud -Pavilhão de Eventos – Jasmax arquitetos 2011
                                                 
Apartamentos à beira mar na orla central
Hotel Hilton como um navio ancorado
Vista da cidade com sky tower ao fundo
Replica de Residencia Tradicional Maori
Proa de barco baleeiro Maori

Se uma palavra pode resumir esta cidade, em todos os sentidos,  eu diria que é QUALIDADE. É invejável o nível de vida alcançado pelos habitantes dessa cidade de AUCKLAND.


terça-feira, 2 de dezembro de 2014

MEUS HOBBIES

Além da ARQUITETURA, que é minha paixão principal, curto outras atividades que me dão prazer e alegria. São elas:
TOCAR PANDEIRO
Aprendi sozinho a tocar pandeiro desde pequeno, ouvindo choro e samba, no meu porão na Penha, nos intervalos de estudos. Cheguei a tocar em grupos musicais e até numa orquestra de baile. Nos tempos de faculdade acompanhei artistas famosos como Chico Buarque, Chico Maranhão, Toquinho, Sergio Ricardo, ao lado do Manini e outros bambas do Bar do Zé, até em festivais de TV. Infelizmente não tenho um grupo regular, que me faria muito bem, mas não perco a oportunidade para matar a saudade, dando canjas como nos memoráveis aniversários na Casa da Chanés ou em casamentos amigos, conforme as imagens abaixo. Confesso que não atravesso o ritmo e não desafino.
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COZINHAR
Outras das minhas paixões é cozinhar, herdada  da minha mae e da familia materna italiana, que tinha na culinaria uma das boas atividades da vida. Na minha infancia, minha mae fazia magica com o pouco que tinhamos, sempre com sabor;  Suas massas feitas em casa eram imbativeis. Pelo lado do meu pai, aprendi as artes mineiras de reaproveitar o que sobrou, na forma de viradrinhos e mexidinhos. Até hoje faco.
Cozinhar é uma atividade criativa, como a Arquitetura, que mescla ingredientes de forma a construir um prato  belo, saboroso e nutritivo, que da prazer e alegria. Reunir à mesa ainda é uma das melhores formas de alimentar o corpo e o espirito e um dos prazeres universais mais importantes da vida.
Sigo a maxima: “Cozinhar não é um trabalho, mas sim um ato de amor ao próximo.”
Como todo bom cozinheiro, uma vez definido o cardapio, vou as compras atras dos melhores ingredientes, à sua preparacao até a finalizacao e servico dos pratos. Dizem, os convivas, que me saio bem, como mestre cuca.
As imagens mostram como levo a serio a atividade, um pouco por necessidade ao viver só, mas tambem aos domingos para a familia ou ainda nas ocasioes especiais de reunioes com amigos e parentes.
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VIAJAR
Outra atividade importante que tenho me dedicado são as VIAGENS. Aliás elas sempre fizeram parte do meu aprendizado e formacao; não só em Arquitetura, mas como ver de a vida de forma mais curiosa, abrangente, efêmera, diversificada, tolerante, esperancosa, gratificante, surpreendente, generosa, fraterna, humana,sem preconceitos...
Tive varias oportunidades que conhecer praticamente todas as capitais e muitas cidades brasileiras; igualmente varias cidades pelo mundo, que me deram um rica bagagem cultural e profissional, que te deixa mais humano, menos egoista, mais generoso.
Experiencia essa que procuro divulgar nos meios que possuo, como este blog pessoal.
ESCREVER
Ultimamente outro dos meus passatempos preferidos é a atividade de escrever, alimentada por leituras permanentes. Um tanto pelo tempo ocioso de aposentado, ou pelo desejo de colocar no papel certas reflexoes e contribuicoes profissionais, que julgo uteis na transmissao de experiencia vivida. Além do livro publicado sobre Arquitetura da Avenida Paulista e outros preparados sobre o Projeto de Palmas, capital do Tocantins e sobre a cidade de São Vicente, onde resido, tenho alimentado este blog e escrito diversos artigos em revistas e jornais.
Escrever, como viajar,  é uma atividade viciante e muito gratificante.
Te obriga a pesquisar, a ser mais observador, a ser mais claro e objetivo, a cultivar a palavra como ferramenta de transformacao, a ler cada vez mais, a refletir sobre o sentido da vida, a exercitar a sensibilidade...

Felizmente ainda tenho esses hobbies que me ajudam  a levar a vida com uma certa graca, já que a pratica da Arquitetura e Urbanismo, minha formacao profissional e juramento social, involuntariamente vai ficando cada vez mais distante.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

CENTRO CULTURAL JEAN MARIE TJIBAOU

ARQUITETO RENZO PIANO / 1998
https://arquiteturaparalela.files.wordpress.com/2012/01/jean.jpg?w=500&h=376
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Foi verdadeiramente emocionante e gratificante essa visita que fizemos em marco de 2013, acompanhado de nossa sobrinha Bebel, que vive em Sydney, para corajosamente construir uma vida melhor que aquela aqui oferecida.
Uma obra de Arquitetura extraordinária, que alia alta tecnologia, tradição, cultura local, respeito à paisagem, num resultado digno de todos os elogios e premiações.
Seu nome é uma homenagem ao líder Jean-Marie Tjibaou, que lutou pela valorização da cultura Kanak e pela independência do país, ainda sob influencia francesa, e que morreu assassinado por um extremista.
Tratou-se de interpretar a cultura “Kanak” local, particularmente suas construções tradicionais, quanto aos seus sistemas construtivos, com estreita relação com a natureza e a paisagem, um tanto efêmeras na aplicação dos materiais.
O conjunto arquitetônico é composto por 10 (dez) “pavilhões-velas”, de aspecto inacabado, como a cultura Kanak e que abrigam diversas funções como exposições, acervo, biblioteca, etc, articulados por uma esplanada central e orientados segundo os fortes ventos locais, que garantem a ventilação natural.
O sistema construtivo é um show aparte, pois faz uma releitura das choças Kanak, com uso intensivo da madeira, como estrutura e acabamentos, associado a tubos de estrutura metálica, conforme se pode ver em algumas ilustrações.
Nos jardins externos esta reproduzida a trilha Kanak, que margeia o lago, ornamentada de objetos da cultura local.
Apesar da distancia essa é uma obra imperdível para aqueles que amam a Arquitetura de qualidade, um pouco fora de moda ultimamente, face à extravagancias formais apresentadas por arquitetos renomados.
Além dos diversos sites e blogs dedicados a esta maravilhosa obra recomendo um DVD de Gilles Dagneu, chamado Renzo Piano, le chemin Kanak, disponível na internet.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

TRIBUTO AO AMIGO EURICO PRADO LOPES (1940-1985)


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A você meu amigo
Do sol e do mar
Do ar e do cata-vento
Do cabelo carapinho
Da barba natural
Em desalinho

Do peito rasgado
Do regime forcado
Do amor em descaminho
Da coragem inebriada
Da molecagem safada

Do brilho e das mulheres
Da pesca do marlim
Do ótimo cebiche
Do fetiche ao reunir

Tolerante ao servir
Avesso ao quadrado
Do saber invertebrado

Da politica consciente
Da pesquisa consequente
Da arte não subserviente
Na orla e no continente

A você, meu amigo
Que morreste na praia

Toco flauta e alaúde
Em honra ao talude
Que guardou teu ataúde
Meu abraço amiúde

UM TALUDE QUE DÓI (1985)

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Na ida para a cidade
Vejo um talude abandonado
Que um dia foi gramado.
Isso me dói.

Atrás do talude abandonado
Há um prédio amado
Hoje Centro Cultural
De valor descomunal

Há um ritmo vivo dentro dele
Onde homens dão sentido
Ao seu belo espaço arquitetural
Atrás do talude ex-gramado
Há um prédio animado

Os homens lá dentro trabalham
Na escrita e na tela
Na pauta e no palco
Eles gostam muito dele
Mas se irritam
Com o prédio inacabado.

Isso me dói
Eurico, que me chamava Caloi.

Os carros passam
Indiferentes ao talude
Que guardou seu ataúde.

O talude abandonado
Poderia ser torre residencial
O Chamie não deixou.
E você não quis
Pois Cultura é raiz.

Do verde que cobriria
O talude sesquipedal.

Na volta da cidade
Vejo um talude gelado
Na frente de um prédio adorado,
Como o nosso país

Vejo um prédio abandonado
Como a nossa raiz
A nossa cultura.

Isso me dói
Eurico que me chamava Caloi,
O ultimo não dobrável.

A você, meu amigo
Toco flauta e alaúde
Em honra ao talude
Que guardou teu ataúde

E que me dói,
Profundamente.  


segunda-feira, 24 de novembro de 2014

sábado, 22 de novembro de 2014

PROJETOS URBANOS EM PALMAS / TOCANTINS


Em Palmas, capital do Estado do Tocantins, estivemos trabalhando de 1989 até 1997, convite do escritório goiano Grupo Quatro, autor do projeto do seu Plano Diretor de Desenvolvimento.
                                                  Plano Diretor de Palmas

Palmas é uma cidade planejada desde seu inicio, construída 30 anos após Brasília, para ser a capital do Estado do Tocantins, resultado da divisão do território de Goiás.

Ela possui um desenho urbano caracterizado por um quadriculado viário, num eixo maior na direção norte e sul, que acompanha a serra a leste e o rio-lago Tocantins a oeste, e outro eixo menor, na direção leste oeste que liga o Rio a serra.

Está estruturada, a partir do centro administrativo, em superquadras residenciais e comerciais, preservando cursos d’água naturais e suas matas ciliares, com preocupações ecológicas.

Nos três primeiros anos ficamos responsáveis pela gerencia do escritório local do Grupo Quatro, na implantação dos primeiros edifícios da capital, bem como acompanhando a implantação da infraestrutura básica da cidade.

Nesse inicio foram construídos o Palácio do Governo, a Assembleia Legislativa, o Tribunal de Justiça, a Prefeitura e as Secretarias de Estado, bem como o traçado viário e o inicio do abastecimento de água potável, energia e comunicações.

Nesse período projetamos diversos equipamentos públicos e edificações particulares, como escolas estaduais, o terminal rodoviário central, residências, galpões industriais e centros comerciais.

Foram momentos pioneiros enfrentando as dificuldades inerentes a carência de praticamente tudo, desde os produtos básicos de sobrevivência, de trabalho, de acomodação, a segurança e materiais de construção e mão de obra, etc
.
Após esse inicio e com a mudança do primeiro governo, nos desligamos do Grupo Quatro e passamos a trabalhar de forma autônoma com escritório próprio.

Nesse período tivemos uma atividade bastante intensa tanto em projetos de Arquitetura quanto na área de projetos urbanos, traduzidos em projetos institucionais importantes como a sede do TRE, a Escola Técnica Estadual, mais residências, centro comerciais e notadamente o micro parcelamento de varias Quadras Residenciais e Comerciais.

E importante destacar que essas Quadras Urbanas eram entregues nuas aos arquitetos para criar livremente seu espaço urbano interior, interpretando as diretrizes estabelecidas no Plano Diretor que fixava seu uso, residencial ou comercial, a densidade prevista de 300 hab/ha, com a dimensão sugerida para os lotes,  a previsão dos equipamentos públicos, como escola, posto de saúde, posto policial, igreja, sistema viário interno e sua amarração ao sistema viário principal da cidade.

Assim tive a oportunidade de projetar 17 (dezessete) dessas quadras, incluindo as residenciais e comerciais, que representou algo em torno de 20% (vinte por cento) da área prevista para o Plano Diretor do núcleo urbano inicial.

São desenhos que revelam uma preocupação de criar espaços de certa forma orgânicos, em contraste com o reticulado geral, buscando garantir as melhores condições ambientais, decorrentes de um lugar muito quente e seco.
 Centralizando os equipamentos públicos, como escola, centro comunitário, posto de saúde e policial. Procurando respeitar a topografia, quase sempre plana e garantir a densidade prevista, que atingia até a 10.000 habitantes por quadra, mesclando lotes individuais com pequenos edifícios de habitação coletiva.
 
O resultado desse trabalho pode ser acompanhado nas imagens a seguir apresentadas, fotografadas em 2005 e extraídas do sistema SIG de acompanhamento da implantação da cidade, existente no site da Prefeitura de Palmas.

As Quadras tem a nomenclatura ligada aos eixos cardeais a partir do centro da cidade, que é a Praça dos Girassóis, sede do governo estadual. Assim, por exemplo, a Quadra ARNO 72, é a Quadra Residencial situada no quadrante Noroeste.

Todas as vistas aéreas apresentadas podem ser também serem vistas no site da Prefeitura de Palmas no sistema SIG.

Junto as imagens de satélite apresentamos o projeto do parcelamento das quadras, com seu sistema viário, a distribuição dos lotes e a localização das áreas institucionais e de comercio.

PROJETOS DE QUADRAS URBANAS EM PALMAS / TO


                              Quadra Residencial ARNO 72



                                                 Quadra Residencial ARNO 61