quinta-feira, 30 de outubro de 2014

ANDANÇAS DO VIAJANTE

                        
                        
      Viajar é ver tanta coisa, vencer distancias, buscar o novo, sair da 
      rotina, adquirir conhecimentos, matar saudades, sentir emoções,sensações..

Com relação as viagens para ver cidades, me considero um privilegiado, pois já 
percorri vários continentes, oceanos e mares, através de todos os meios de transporte 
disponíveis, que vieram satisfazer minha curiosidade em conhecer o mundo.

Pelo Brasil, um pouco pelo dever do oficio de arquiteto, percorri praticamente todas as 
regiões, incluindo as capitais e inúmeras cidades do seu interior e litoral, permitindo 
uma visão bastante abrangente da nossa terra, nossa gente e nossos costumes.

No exterior, também tive a felicidade de conhecer varias regiões do mundo, 
longínquas ou mais próximas, estando em muitas capitais e cidades importantes da 
Europa, da Ásia, Oceania, América do Norte e do Sul.

Todas elas foram motivadas pela curiosidade intelectual em conhecer outras culturas, 
geografias e povos, não meramente pelo seu aspecto turístico, mas especialmente 
para observar as questões ligadas as suas cidades como fenômeno urbano e suas 
Arquiteturas construídas no seu contexto social-cultural.

Elas foram fruto de oportunidades surgidas, por um lado, pelos encontros, 
congressos e simpósios profissionais, nacionais ou internacionais e por outro criadas 
autonomamente para suprir a sede de conhecimento intelectual.

O saldo é extraordinariamente positivo, bastante enriquecedor enquanto 
conhecimento, bagagem cultural, aprendizado das questões urbanas e da Arquitetura. 

Embora esse balanço seja extremamente positivo ainda o considero incompleto, pois 
permanece o desejo de completa-lo com outros lugares onde ainda não estive. Viajar 
mais é sempre preciso.

Só lamento não poder transmitir toda essa bagagem como gostaria, em salas de aula, 
palestras, etc., pois na condição de aposentado nossa sociedade nos mantem alijado 
de uma permanente e efetiva contribuição social.

Porém, utilizo-me desta mídia para compartilhar essa experiência maravilhosa, passando
à conta-gotas algumas observações, lições, surpresas e emoções e sensações dos  
lugares que tive o prazer de percorrer. 

Claro que essas apresentações são uma pequena amostra desses sítios e não terão
a profundidade necessária, seja pelas limitações desta mídia, seja em razão de que 
as durações das estadias não permitiram esse aprofundamento, mas que estão balizadas em material coletado nos locais e em pesquisa na rede.

Nos próximos posts relaciono as principais cidades por onde passei, no Brasil e no 
mundo, assinaladas em mapas regionais; Essa visão panorâmica não tem o sentido de esnobação ou vantagem, mas sim para revelar a satisfação de ter conseguido 
incorporar um amplo e rico conhecimento que elas transmitiram para a minha formação pessoal e profissional e dividir com vocês.

Cada lugar com suas características peculiares sejam históricas, politicas, geográficas, 
culturais, sociais ou de traçado urbano que sempre guardam ricos ensinamentos para 
o viajante interessado.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

S.VICENTE/SP - mar 2012

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                                                         Marco do descobrimento

Nesta fase inicial de mudança ainda estamos descobrindo lugares, coisas e pessoas no próprio prédio, nos arredores e no centro, que é pertinho como todos os demais lugares deste sitio. Da pra fazer praticamente tudo a pé: padaria, supermercados, restaurantes, drogarias, bancos e claro as praias na porta com quiosques e tudo o mais.

A arquitetura urbana no geral não surpreende pela qualidade; é composta de empreendimentos imobiliários residenciais de classe media na orla e avenidas com alguns núcleos comerciais e de serviços, inclusive no centro da cidade. Há bastante habitações de baixa renda, inclusive favelas.

Porém, como varias cidades brasileiras há que garimpar bons exemplos nessa área, que é o que pretendemos fazer com o tempo.
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Edifício Marahu    



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Canto privilegiado


O sistema viário é pequeno, com a avenida da orla, que a liga a Santos, Guarujá e Praia Grande, cortada pelas avenidas que levam ao centro e até a Rodovia dos Imigrantes. Uma delas é conhecida como linha amarela, onde passava o trem de carga para o porto, hoje desativada e muito degradada, que merece um bom projeto de reurbanização.
                                                                           
O prédio onde moro é um capitulo a parte pela sua localização e concepção arquitetônica, elaborado pelo arquiteto Lauro da Costa Lima nos anos 1950, típico exemplar modernista, com uma qualidade plástica, funcional e construtiva invejáveis. Todos os espaços internos são amplamente iluminados e ventilados com vista privilegiada para o mar, tanto para a Praia de Itararé quanto da do Gonzaguinha.

Os pontos turísticos são poucos, mas aprazíveis, como a Praia do Itararé em frente, que faz parte da baia de Santos, a Praia dos Milionários e Gonzaguinha ao lado; a Ilha Porchat também em frente, com muito verde, um bom restaurante panorâmico e o Memorial aos 500 anos, feito por Oscar Niemeyer; o morro do Voturuá ou da Asa delta, com um teleférico que leva a plataforma de saltos de “paraglider” e asa delta;  a histórica ponte pênsil, feita pelo Saturnino de Brito basicamente para a travessia dos esgotos do sistema de saneamento das  cidades da baixada; tradicional a Biquinha, local de catequização de Jose de Anchieta; o morro dos Barbosas, onde está uma bandeira do Brasil, tida como a maior nacional.
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                                                                Ponte Pênsil

Como dissemos estamos ainda em fase de namoro, adaptação e descobertas, da admiração do mar, do movimento constante dos maravilhosos navios que vão atracar ou zarpar do Porto, dos vários tipos de pranchas de surfe, em especial aquela que dá a sensação que se está andando sobre as águas, dos morros com as pedras e vegetação, das asas delta, todas ao alcance cotidiano dos nossos sentidos.

Devemos ainda aprender e nos acostumarmos ao uso regular de camiseta regata, da bermuda, da sandália havaiana, do boné para ficarmos morenaço: do pronome tu e do senso de direção atrapalhado dos locais, das infindáveis bicicletas e motos, dos cachorros em profusão e seus dejetos.

Quem sabe ainda compramos alguma prancha e fazemos uma tatuagem, nem que seja de henna.

Até aqui a mudança tem sido muito benéfica, pela tranqüilidade e felicidade. Esperamos que continue por um longo tempo.



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Praia de Itararé

Já refeito do turbilhão que foi o processo de mudança para S.Vicente, com as operações simultâneas da venda da Chanés e a compra do apto no edifício Marahu, volto às escritas pessoais deste post.

Essa transição foi uma coisa de louco; No tempo recorde de 3 meses, consegui concluir a venda da residência Chanes e a compra do apartamento em S.Vicente, com todas as providencias necessárias envolvidas: financeiras, burocráticas, desmobilização de uma e mobilização do outro. Isso englobou a preparação de papeis, desmontagem dos moveis, eliminação das tralhas mil juntadas pelo caminho, etc e etc. Tudo isso de forma simultânea e vertiginosa.

Passada essa maratona de coisas, a situação começa a ser controlada em termos físicos e mentais, permitindo iniciar a fase das descobertas e desfrute da nova forma de vida, nessa mudança radical.

Sair de uma ampla residência na grande metrópole para viver num apartamento a beira mar, numa cidade pequena, de natureza privilegiada, num ritmo mais calmo. Uma mudança positiva na minha qualidade de vida.

Um mês após a mudança estamos vivendo o namoro com o novo lugar, desfrutando da vista maravilhosa do mar em frente e ao lado, muito verde, vários morros de pedras, numa predominância da paisagem natural sobre a construída. Largas praias de areia com mar calmo, jardins bem cuidados, calçadões e equipamentos urbanos de lugar civilizado.
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                                                           Praia de Itararé
A vida aqui anda mais devagar e de forma mais respeitosa e educada.

S.Vicente é considerada a primeira cidade do Brasil, portanto antiga para os nossos padrões, pequena com em torno de 300 mil habitantes, tradicional pelos seus balneários, de natureza privilegiada, que vive de serviços e comercio ligados ao turismo, unida umbilicalmente a Santos e seu importante porto, próxima também da Praia Grande e Guarujá, compondo a chamada Baixada Santista. Está a somente 60 quilômetros da capital paulista.

Aliás, apesar dela estar no Brasil, com os problemas estruturais decorrentes paira um clima de lugar onde o nível de civilidade e gentileza está acima de vários outros, principalmente das grandes metrópoles.

Vamos a alguns exemplos:

A velocidade máxima urbana para os veículos é de 50 km/h; há ciclovias em varias vias; os motoristas respeitam a faixa de pedestre; Há farto e barato estacionamento nas vias, com zona azul, onde se consegue parar na porta do lugar de destino; as praias possuem calçadões convidativos para caminhadas, barracas de bebidas e salgados, equipamentos de esportes e lazer, como aparelhos de ginásticas, sanitários públicos, duchas salva vidas, bancos; Há muito sol, calor, alta luminosidade e umidade e uma brisa constante.
Com tudo isso pode-se levar uma vida mais informal no vestir, natural ao se alimentar e nos prazeres simples e genuínos da vida.

Neste curto período já fui surpreendido por vários gestos de cortesia e gentileza, incomuns na grande metrópole. Ora a orientação para o melhor estacionar e atravessar a rua; ora a sutil repreensão do carro que invadiu a faixa de pedestres, com o discreto tamborilar no capo do veiculo, sem gritos ou histeria; ora a doação gratuita de ingressos para assistir a Encenação de criação da Vila de S.Vicente, espetáculo fantástico, que merece um capitulo á parte; Outro dia, enquanto aguardava para retirar o saquinho para me servir de frutas no supermercado, uma pessoa que usava o aparelho, simplesmente retirou um e meu ofereceu antes dela.

Percebi que estes gestos de cortesia e atenção são generalizados na cidade.
Claro que tudo isso ainda não chega a um nível europeu, mas tem sido diferente, animador e tranquilizante ver por aqui.

Infelizmente tive pouco tempo ou disposição de caminhar na orla ou dar um mergulho, apesar do tempo e as condições serem convidativas. Porém, tenho uma boa desculpa para isso. Desde que cheguei sofro com uma infecção dentaria, que já me levou o canino, que fraturou a raiz e suportava uma velha prótese. Aliás, numa dessas poucas vezes que consegui ir à água acabei batizado em regra: enquanto boiava na parte rasa fui simplesmente atropelado por uma prancha que me acertou a cabeça, o ombro e até cortou meu braço, felizmente tudo sem gravidade.

Nesse curto período, que coincide com a temporada de verão, há um movimento maior que o normal nas praias, pelas festas de fim de ano, as férias escolares, o carnaval. Aliás, o carnaval foi uma surpresa desagradável pelo excesso de barulho e bagunça em frente ao prédio, prejudicando o desejado sossego.

Porem, não devemos esquecer que na praia sempre pinta um clima de festa, de descontração, mas que alguns brasileiros sempre acabam extrapolando.



terça-feira, 14 de outubro de 2014

BERLIM 1 / OUT 2010


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          Filarmônica de Berlim e Sala de Musica de Câmara - Arquiteto Hans Scharoum

Este edifício faz parte do chamado Foro Cultural de Berlim, junto a Potsdammer Platz, que reúne a Filarmônica, a Sala de Música de Câmara, o Museu dos Instrumentos musicais, a Biblioteca Nacional e Galerias de Arte.

A filarmônica é uma das obras mais destacadas da cidade de Berlim, deste grande arquiteto, pouco reconhecido mundialmente. Esta obra é considerada um ícone da Arquitetura moderna internacional.

A forma do edifício resulta da proposta revolucionária de colocar o palco, isto é a música, no centro do espaço interior, rodeado pela platéia em plataformas próximas a ele. Apesar da sua grande capacidade, isso criou um espaço espetacular, uma excepcional condição acústica, uma das melhores do mundo, bem como uma atmosfera intimista, de cumplicidade entre músico e platéia, completamente diferente das soluções tradicionais para este difícil programa arquitetônico.

Externamente o volume todo irregular é revestido por painéis de alumínio dourado anodizado, colocado em 1980.

A filarmônica de Berlim esteve sob a batuta de Herbert Von Karajan durante 35 anos, que a considerava uma das melhores acústicas do mundo.

Depois de participar de visita guiada fui brindado com uma demonstração musical no foyer do auditório. Não resisti à emoção e, ali mesmo, comemorei com canapés e vinho branco.
Mas para compartilhar e desfrutar plenamente da emoção da visita, só vendo e assistindo a um espetáculo musical nesta joia arquitetônica.

Museu dos Instrumentos Musicais, Arquiteto Hans Scharoum, 1963

Projeto de Hans Scharoum, ao lado da Filarmônica, que juntamente com a Sala de Musica de Câmara foram construídos por seu discípulo Edgard Wisniewski, após sua morte.

A Sala de Música de Câmara é contigua à Filarmônica, que pode ser vista na foto superior, tem a mesma solução espacial e configuração volumétrica, porém de escala menor. Como sua irmã maior possui qualidades excepcionais de espaço, acústica e proximidade entre músico e ouvinte.

O Museu dos Instrumentos Musicais, acima, também próximo à Filarmônica reúne uma fabulosa coleção de instrumentos, cerca de 3.500 de todos os tipos, modelos e tamanhos, desde o século 16 até a atualidade, num espaço interior extraordinário.
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 Museu da História Alemã (Ampliação) Arquiteto I.M. Pei - 2003

Berlim é uma cidade que tem museus de qualidade irretocável em vários cantos da cidade. Este espaço documenta toda da história da Alemanha.

Com acervo extraordinário de toda a sua historia, este museu é composto de dois edifícios bem contrastantes: uma magnífica edificação barroca antiga e sua ampliação e reciclagem recente, em linguagem contemporânea, feita pelo arquiteto Pei.

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                                                               Bairro Hansa / Berlim 

O bairro Hansa, urbanizado junto ao Parque Tiergarten, é o resultado de uma reconstrução urbana, em moldes modernos, devida a sua destruição durante 2ª. Guerra mundial. Associado a Exposição Internacional de Arquitetura Moderna, a Interbau de 1953, o governo de Berlim convidou 53 arquitetos do mundo todo, para expressar, através da arquitetura, o modo de morar do amanhã, baseado nos princípios funcionalistas, expressos na Carta de Atenas dos Congressos Internacional de Arquitetura Moderna.

Seu projeto urbanístico é de de Gerhard Jobst e Willy Kreuer, fruto de concurso público, baseado nesses princípios modernistas, completamente opostos aos rígidos padrões clássicos presente na Karl Marx Alle.

Nesta área foram construídas casas e altos edifícios residenciais, dispersos por espacos livres e verdes, projetados por arquitetos de renome como Walter Gropius, Alvar Aalto, Oscar Niemeyer, Arne Jacobsen, Egon EiemernnPierre Vago, Max Taut e tantos outros pioneiros desse importante movimento internacional baseado em novos valores universais pós-guerra de liberdade e democracia.

O resultado é um bairro moderno, de densidade controlada, bastante livre e permeável, servido de toda a infra estrutura e equipamentos urbanos para um morar civilizado, com qualidade, prazer e bem estar.
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 Arquivo da Bauhaus  em Berlim– Arquiteto Walter Gropius 1976

Obra tardia deste importante arquiteto alemão, ela reúne parte do acervo da Bauhaus, escola criada por ele e que revolucionou o design e a arquitetura internacional, formada de professores e artistas extraordinários, que propuseram novas idéias, métodos e propostas extremamente futuristas.

A Bauhaus teve uma longa e atribulada existência, começando em 1919 na cidade de Weimar, com interrupções provocadas por perseguições políticas, durante as duas guerras mundiais.

Em 1925 vai para Dessau, onde se consolida como instituição inovadora estabelecendo sua marca internacional. Os edifícios ainda estão lá, mas não funciona mais na sua plenitude.

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                                 Memorial do Holocausto, Arquiteto Peter Eisenmann

Após anos de controvérsia na sociedade alemã ele foi erguido em memória dos judeus vitimas do regime nazista.

Num terreno ondulado se levantam 2711 blocos de concreto, de diferentes alturas, criando estreitas ruas em labirintos, como cemitérios, com a intenção de oprimir e desorientar o visitante. Em parte do subsolo há ambientes de exposição. 

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                          Pergamonmuseum – Arquiteto Alfred Messel - 1910

Este extraordinário museu faz parte da conhecida Ilha dos museus de Berlim, declarada patrimônio de humanidade em 1999 e composta por 5 museus estatais: Bode-Museum, Alte Nacional Galeria, Neus Museum e Altes Museum, além do Pergonmuseum.

As coleções de antiguidades, de arte islâmica, do Oriente próximo do Pergamon são impressionantes pelo rico acervo, qualidade e variedade. São dignas de tirar o fôlego.

O que sempre me admirou nesses casos de museus famosos da Europa e Estados Unidos são a quantidade e o valor de obras de arte que foram transferidas ou mesmo simplesmente confiscadas de seus lugares e contextos originais,em função de invasões, guerras ou outros pretextos, privando suas populações de seu legitimo convívio com as mesmas.

Em nome de que Direito certos povos conquistadores, que subjugaram militarmente outros de melhor arte e cultura superior, num determinado momento histórico, poderam fazê-lo sem nenhuma punição ou reparação?

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 Unidade de Habitação de Berlim, Arquiteto Le Corbusier 1958

Inicialmente prevista para o bairro de Hansa, junto com a exposição Interbau de 1953, esta Unidade de Habitação acabou sendo construída na periferia da cidade, junto ao Estádio Olímpico, devido ao seu tamanho incomum.


É uma obra referencial da Arquitetura mundial, onde foram aplicados todos os princípios do modernismo, defendidos por Le Corbusier.

Implantado em área verde e livre este edifício de 17 andares reúne 557 unidades de habitação com visuais privilegiadas da cidade e equipadas de toda a infra-estrutura necessária a vida cotidiana. Conta com pilotis e área para estacionamentos, áreas comuns de lazer e serviços, teto jardim, estrutura independente.

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                                       Potsdamer Platz – Vários arquitetos 1920 / 1994

Atualmente é a região mais contemporânea de Berlim. Sempre teve sua importância urbana como entroncamento de transporte e centro de entretenimento da cidade, com bares, restaurantes, cinemas.

Destruída em 1943 durante a 2ª. Guerra, dividida pelo Muro, só foi renascer após sua queda em 1994. Sob a supervisão urbana dos arquitetos Hilmer e Sattler nela foram construídos inúmeros edifícios projetados por renomados arquitetos do mundo inteiro.

Lá estão as torres Debis de Renzo Piano, de Kollhooff, o Ritz-Carlton, o complexo do Sony Center de Helmut Jahn, com sua cobertura gigante em forma de guarda chuva, seu cine imax, cassinos, teatros e restaurantes; Próximo está o centro comercial da Arkadem.

Toda a área é servida pela estação Banhof Potsdamer Platz da eficiente rede de transporte metropolitana. À praça é preciso agregar todo o seu entorno com recentes edifícios residenciais de altíssimo nível, também projetados pelos melhores arquitetos internacionais.
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Edifícios do entorno da Potsdamer Platz

BERLIM / OUT 2010


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                                                    Portão de Brandemburgo

Cidade carregada de história e enorme presença de obras de Arquitetura e Urbanismo, mundialmente importantes e de arquitetos famosos, é difícil conhecê-la e esgotá-la em pouco tempo. 
 Fiquei somente sete dias, ainda com tempo chuvoso, mas deu para ver algumas obras e coisas que considerei imprescindíveis, graças ao fantástico sistema U e S de transporte publico existente.

A cidade de Berlim se transformou num imenso canteiro de obras novas e de renovação, após a queda do Muro e da reunificação da Alemanha em 1990.

Símbolos urbanos como o Reichstag, o Portão de Brandenburgo, o Tiergarten, a Ilha dos Museus, a Friedrichstrasse, a Kuda’m, a Torre de Televisão, a Alexander e Potsdamer Platz, a Unter den Linden, o bairro do Mitte, a Filarmônica, o Muro, o Sony Center, o Museu da BauHaus são algumas da sua marca registrada.

Pela quantidade de obras importantes visitadas achamos conveniente dividir sua apresentação em partes para sua melhor compreensão, sem ordem de importância. Infelizmente só podemos inserir algumas fotos de cada uma delas.

Não reparem a qualidade das mesmas, pois foram tiradas em baixa resolução, algumas até com filmadoras, para inserir no blog, sem carregá-los. Outras são scaneadas de publicações que comprei no caminho. Claro que há também algumas tiradas da internet.

Mesmo correndo o risco da superficialidade, apresentamos apenas alguns dados de várias delas, de forma panorâmica, para iniciar ou avivar seu conhecimento e acima de tudo, atiçar a vontade em vocês de fazer uma viagem para lá. Vale muito à pena.

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                           Reischstag (Parlamento Alemão), Arquiteto Norman Foster, 1992

Este edifício é repleto de simbolismo para a história mundial, após varias catástrofes de que foi vitima, como o incêndio 1933, os bombardeios da 2ª. Guerra em 45, a Guerra Fria e a divisão da Alemanha.

Construído em 1894 com projeto de Paul Wallot foi recuperado pelo arquiteto Britânico Norman Foster, em 1992, que certamente enfrentou um grande desafio criativo, por seu imenso significado histórico, resolvido com grande criatividade e resultando uma qualidade espacial extraordinária.

A visita à nova cúpula transparente, que cobre o plenário do Parlamento desse espetacular edifício, compensa e gratifica a longa fila de espera, pelo que ela revela de espetacular.

Caminhar pelo seu interior, subindo a rampa helicoidal, com seu enorme cone invertido central espelhado, que reflete o movimento das pessoas, vai aos poucos nos revelando, em distintas cotas, lindas visões panorâmicas do seu entorno e da cidade de Berlim, em todo o seu esplendor.

As vistas do Parque Tiergarten, da Potsdamer Platz são magníficas. Tive essa experiência ao por do sol de um dia nublado de Outono.

À parte sua qualidade tecnológica, revelada nos mínimos detalhes construtivos, na energia auto-suficiente gerada, expressos claramente no seu interior, esses espaços produzem na gente uma grande sensação de satisfação e prazer.

Como arquiteto e pessoa comum me senti gratificado e confiante na capacidade humana de superação e realizações dessa magnitude e beleza.

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Museu Judaico, Arquiteto Daniel Libeskind , 2001

Esta obra é visual e espacialmente muito estranha por suas formas inusitadas, bastante angulosas e agressivas que nos chocam logo ä primeira vista.

É um conjunto construído que consegue nos transmitir sensações de sofrimento, mal-estar, estranhamento, com uma carga dramática, não só pelo tema tratado, como também pelos espaços criados, recortados, labirínticos, surpreendentes duros, nos três eixos que compõem o edifício.

Claro está que essa deve ter sido a intenção desse arquiteto de origem judia, de chocar, de incomodar e de provocar reflexões sobre o sofrimento vivido pelo seu povo durante a guerra.

Apesar do desconforto é uma obra imperdível em Berlim pelo que seu valor simbólico e proposta arquitetônica.

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   Igreja Kaiser Wilhelm, Arquitetos Franz Schhwechten, 1895 Egon Eiermann, 1961.

Conjunto bombardeado na 2ª. Guerra mundial, situado no centro da parte oeste e no começo da Kurfurstendamm, grande e importante avenida da cidade de Berlim.

Recuperado pelo arquiteto Egon Eiermann em 1961, que manteve as ruínas no centro e acrescentando dois volumes prismáticos, um hexagonal, mais baixo, destinado as cerimônias religiosas e outro hexagonal da torre.

A característica marcante da nova igreja é o seu circundante vitral azul, de Gabriel Loire, que cria uma espetacular atmosfera interior.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

BOGOTÁ / AGO 2014




Vista panorâmica
A cidade de Bogotá, capital da Colômbia, tem 7 milhões de habitantes, que habitam um um grande vale no centro do pais, a 2.600m acima do nível do mar.

Em termos de Arquitetura e Urbanismo Bogotá revela inúmeras surpresas agradáveis, aliando sua tradição colonial com exemplos modernos construídos de grande  qualidade.

Soluções urbanas  de planejamento ligadas a mobilidade, como o Transmilenio, ao espaço publico, das praças e vias para pedestres, mas de forma geral com  a estruturação e gestão  da cidade, bem como obras publicas realizadas através de concursos de arquitetura que alcançaram um nível de  qualidade  invejável.

Sua evolução urbana se deu a partir do quadriculado colonial espanhola até as intervenções modernistas traduzidas pelo desenho da Universidade Nacional e  pelo Centro Internacional, conjunto verticalizado no centro da cidade. 

Arquitetos internacionais importantes como Luiz Sert, Le corbusier e locais como Rogelio Salmona tiveram um papel importante nas transformações urbanas e na qualidade da Arquitetura de Bogotá.

Apesar dos sérios problemas sociais e econômicos atuais decorrentes das guerrilhas, em processo de negociações de paz, e que se refletem nas questões urbanas, como a habitacional e a informalidade nos serviços, a cidade de Bogotá apresenta uma qualidade urbana surpreendentemente boa.

Abaixo aspectos urbanos e da Arquitetura da cidade de Bogotá.

Eixo Ambiental
             
Biblioteca Virgilio Barco
Edifício Pós Graduação
Arquivo Nacional

Conjunto Sta. Fe
Centro Cultural Gabriel Garcia Marquez


Conjunto Bavaria

Vendedor ambulante
Cidade Universitaria

Estacão  Transmilenio

Museu Arte Moderna
Maquete Edifício Pos Graduacao


Praça de Bolívar
Estacão Transmilenio

Edificio Vengoechea
Museu do Ouro