Filarmônica de Berlim e Sala de Musica de Câmara - Arquiteto Hans Scharoum
Este edifício faz parte do chamado Foro Cultural de Berlim, junto a Potsdammer Platz, que reúne a Filarmônica, a Sala de Música de Câmara, o Museu dos Instrumentos musicais, a Biblioteca Nacional e Galerias de Arte.
A filarmônica é uma das obras mais destacadas da cidade de Berlim, deste grande arquiteto, pouco reconhecido mundialmente. Esta obra é considerada um ícone da Arquitetura moderna internacional.
A forma do edifício resulta da proposta revolucionária de colocar o palco, isto é a música, no centro do espaço interior, rodeado pela platéia em plataformas próximas a ele. Apesar da sua grande capacidade, isso criou um espaço espetacular, uma excepcional condição acústica, uma das melhores do mundo, bem como uma atmosfera intimista, de cumplicidade entre músico e platéia, completamente diferente das soluções tradicionais para este difícil programa arquitetônico.
Externamente o volume todo irregular é revestido por painéis de alumínio dourado anodizado, colocado em 1980.
A filarmônica de Berlim esteve sob a batuta de Herbert Von Karajan durante 35 anos, que a considerava uma das melhores acústicas do mundo.
Depois de participar de visita guiada fui brindado com uma demonstração musical no foyer do auditório. Não resisti à emoção e, ali mesmo, comemorei com canapés e vinho branco.
Mas para compartilhar e desfrutar plenamente da emoção da visita, só vendo e assistindo a um espetáculo musical nesta joia arquitetônica.
Museu dos Instrumentos Musicais, Arquiteto Hans Scharoum, 1963
Projeto de Hans Scharoum, ao lado da Filarmônica, que juntamente com a Sala de Musica de Câmara foram construídos por seu discípulo Edgard Wisniewski, após sua morte.
A Sala de Música de Câmara é contigua à Filarmônica, que pode ser vista na foto superior, tem a mesma solução espacial e configuração volumétrica, porém de escala menor. Como sua irmã maior possui qualidades excepcionais de espaço, acústica e proximidade entre músico e ouvinte.
O Museu dos Instrumentos Musicais, acima, também próximo à Filarmônica reúne uma fabulosa coleção de instrumentos, cerca de 3.500 de todos os tipos, modelos e tamanhos, desde o século 16 até a atualidade, num espaço interior extraordinário.
Museu da História Alemã (Ampliação) Arquiteto I.M. Pei - 2003
Berlim é uma cidade que tem museus de qualidade irretocável em vários cantos da cidade. Este espaço documenta toda da história da Alemanha.
Com acervo extraordinário de toda a sua historia, este museu é composto de dois edifícios bem contrastantes: uma magnífica edificação barroca antiga e sua ampliação e reciclagem recente, em linguagem contemporânea, feita pelo arquiteto Pei.
O bairro Hansa, urbanizado junto ao Parque Tiergarten, é o resultado de uma reconstrução urbana, em moldes modernos, devida a sua destruição durante 2ª. Guerra mundial. Associado a Exposição Internacional de Arquitetura Moderna, a Interbau de 1953, o governo de Berlim convidou 53 arquitetos do mundo todo, para expressar, através da arquitetura, o modo de morar do amanhã, baseado nos princípios funcionalistas, expressos na Carta de Atenas dos Congressos Internacional de Arquitetura Moderna.
Seu projeto urbanístico é de de Gerhard Jobst e Willy Kreuer, fruto de concurso público, baseado nesses princípios modernistas, completamente opostos aos rígidos padrões clássicos presente na Karl Marx Alle.
Nesta área foram construídas casas e altos edifícios residenciais, dispersos por espacos livres e verdes, projetados por arquitetos de renome como Walter Gropius, Alvar Aalto, Oscar Niemeyer, Arne Jacobsen, Egon Eiemernn, Pierre Vago, Max Taut e tantos outros pioneiros desse importante movimento internacional baseado em novos valores universais pós-guerra de liberdade e democracia.
O resultado é um bairro moderno, de densidade controlada, bastante livre e permeável, servido de toda a infra estrutura e equipamentos urbanos para um morar civilizado, com qualidade, prazer e bem estar.
Arquivo da Bauhaus em Berlim– Arquiteto Walter Gropius 1976
Obra tardia deste importante arquiteto alemão, ela reúne parte do acervo da Bauhaus, escola criada por ele e que revolucionou o design e a arquitetura internacional, formada de professores e artistas extraordinários, que propuseram novas idéias, métodos e propostas extremamente futuristas.
A Bauhaus teve uma longa e atribulada existência, começando em 1919 na cidade de Weimar, com interrupções provocadas por perseguições políticas, durante as duas guerras mundiais.
Em 1925 vai para Dessau, onde se consolida como instituição inovadora estabelecendo sua marca internacional. Os edifícios ainda estão lá, mas não funciona mais na sua plenitude.
Memorial do Holocausto, Arquiteto Peter Eisenmann
Após anos de controvérsia na sociedade alemã ele foi erguido em memória dos judeus vitimas do regime nazista.
Num terreno ondulado se levantam 2711 blocos de concreto, de diferentes alturas, criando estreitas ruas em labirintos, como cemitérios, com a intenção de oprimir e desorientar o visitante. Em parte do subsolo há ambientes de exposição.
Pergamonmuseum – Arquiteto Alfred Messel - 1910
Este extraordinário museu faz parte da conhecida Ilha dos museus de Berlim, declarada patrimônio de humanidade em 1999 e composta por 5 museus estatais: Bode-Museum, Alte Nacional Galeria, Neus Museum e Altes Museum, além do Pergonmuseum.
As coleções de antiguidades, de arte islâmica, do Oriente próximo do Pergamon são impressionantes pelo rico acervo, qualidade e variedade. São dignas de tirar o fôlego.
O que sempre me admirou nesses casos de museus famosos da Europa e Estados Unidos são a quantidade e o valor de obras de arte que foram transferidas ou mesmo simplesmente confiscadas de seus lugares e contextos originais,em função de invasões, guerras ou outros pretextos, privando suas populações de seu legitimo convívio com as mesmas.
Em nome de que Direito certos povos conquistadores, que subjugaram militarmente outros de melhor arte e cultura superior, num determinado momento histórico, poderam fazê-lo sem nenhuma punição ou reparação?
Unidade de Habitação de Berlim, Arquiteto Le Corbusier 1958
Inicialmente prevista para o bairro de Hansa, junto com a exposição Interbau de 1953, esta Unidade de Habitação acabou sendo construída na periferia da cidade, junto ao Estádio Olímpico, devido ao seu tamanho incomum.
É uma obra referencial da Arquitetura mundial, onde foram aplicados todos os princípios do modernismo, defendidos por Le Corbusier.
Implantado em área verde e livre este edifício de 17 andares reúne 557 unidades de habitação com visuais privilegiadas da cidade e equipadas de toda a infra-estrutura necessária a vida cotidiana. Conta com pilotis e área para estacionamentos, áreas comuns de lazer e serviços, teto jardim, estrutura independente.
Potsdamer Platz – Vários arquitetos 1920 / 1994
Atualmente é a região mais contemporânea de Berlim. Sempre teve sua importância urbana como entroncamento de transporte e centro de entretenimento da cidade, com bares, restaurantes, cinemas.
Destruída em 1943 durante a 2ª. Guerra, dividida pelo Muro, só foi renascer após sua queda em 1994. Sob a supervisão urbana dos arquitetos Hilmer e Sattler nela foram construídos inúmeros edifícios projetados por renomados arquitetos do mundo inteiro.
Lá estão as torres Debis de Renzo Piano, de Kollhooff, o Ritz-Carlton, o complexo do Sony Center de Helmut Jahn, com sua cobertura gigante em forma de guarda chuva, seu cine imax, cassinos, teatros e restaurantes; Próximo está o centro comercial da Arkadem.
Toda a área é servida pela estação Banhof Potsdamer Platz da eficiente rede de transporte metropolitana. À praça é preciso agregar todo o seu entorno com recentes edifícios residenciais de altíssimo nível, também projetados pelos melhores arquitetos internacionais.
Edifícios do entorno da Potsdamer Platz
Nenhum comentário:
Postar um comentário