sábado, 8 de novembro de 2014

A ARQUITETURA NAS MINHAS VIAGENS

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Torre Einstein Potsdam, Alemanha Erick Mendelsohn 1920

Viajar é uma experiência muito pessoal.  Depende do interesse de cada um. As minhas são ligadas a Arquitetura, a observação da paisagem urbana, das condições sociais das pessoas que habitam os lugares visitados.

Acredito que a construção de uma viagem pode se assemelhar ao desenvolvimento um projeto: há uma fase do planejamento, com a escolha do lugar, a análise das opções, do levantamento dos dados e custos, do tempo e recursos disponíveis, da definição e montagem do roteiro, da escolha dos meios de transporte e hospedagem, de eventuais contatos e das obras e atrações a serem visitadas.

A seguir a etapa da sua construção, tomando as providências para obter a documentação necessária, fazer reservas e comprar os bilhetes e passagens, separar e arrumar as roupas e demais tralhas a serem levadas (sempre levamos a mais) e acima de tudo, controlar a ansiedade.

Depois vem a fase da efetiva realização da viagem, do seu desenrolar e desfrute, quando se vai comprovar ou não, se todo o planejamento foi bem feito. Claro que independente dele, sempre haverá surpresas, agradáveis ou não.

Finalmente a viagem só se completa após a volta, quando contamos as aventuras aos parentes e amigos, pagamos as contas penduradas, e começamos a deglutir e assimilar lentamente as lembranças, as informações trazidas até a programação da próxima viagem.  

Das viagens que fiz pelo Brasil e pelo mundo procurarei apresentar algumas impressões gerais, mostrando fatos e fotos, cenas do cotidiano e detalhando as obras de Arquitetura que visitei e que causaram mais impactos e lembranças.

O objetivo é despertar a curiosidade geral sobre determinados lugares e cidades, bem como o conhecimento de suas obras de arquitetura mais significativas.

A seleção das obras, lugares, cidades e países visitados foi efetuada previa e criteriosamente para ir ao encontro do melhor conhecimento das obras no seu contexto e das sensações despertadas, sejam físicas ou mentais, ligadas a apreensão do espaço urbano e habitado, as características de seus habitantes, da sua cultura, dos seus cheiros e sabores, do seu nível de civilidade e outros, movidos inicialmente pela natural curiosidade pessoal, mas também ligado ao interesse profissional.

Não é o mero turismo ou o consumo que me atraem. É algo mais relevante.

Tanto que minhas viagens se constituem numa irrequieta e exaustiva maratona na busca desses objetivos. Infelizmente não dispomos de todo o tempo necessário para o estudo e a avaliação mais profunda dos lugares visitados, pois nessas raras oportunidades, é preciso fazer render o tempo e o suado investimento.

Entretanto procuramos suprir essa deficiência através de três maneiras básicas, seguindo uma metodologia própria e construída pela experiência, a fim de maximizar a compreensão e a assimilação da viagem.

A primeira é realizando um exaustivo planejamento anterior, dirigido aos interesses personalizados, levantando, estudando e reunindo o maior número de informações possíveis sobre cada obra e destino em todos os seus aspectos;

A segunda é coletando todas as informações possíveis in loco, através de todos os meios, sejam fotos, publicações, livros, vídeos, arquivos eletrônicos, etc.

Em terceiro lugar é registrando diariamente, num notebook ou ipad, todos os pontos e atrações percorridas, incluindo transportes e refeições, num diário de viagem, para facilitar a lembrança. Este diário deve ser feito, disciplinadamente como lição de casa, toda a noite no hotel, antes de dormir.

Todo esse cuidado e estratégia permitem curtir a viagem antes, durante e depois, bem como compreendê-la e fixá-la melhor, incluindo a observação de outros aspectos muito importantes dos lugares e seus habitantes, além da Arquitetura. Falo das condições urbanas, sociais e econômicas da população, da gastronomia, das artes, da musica, do folclore, etc.

Como o planejamento não consegue prever tudo, há sempre espaço para o inesperado, quando nos guiamos pela intuição e tomamos caminhos não previstos, apesar dos mapas nas mãos. Isso pode dar novo sabor à viagem, provocando surpresas, agradáveis ou não, mas que sempre complementam as  sensações e impressões da viagem.
Falaremos disso também nas inserções seguintes, pois

VIAJAR É PRECISO.


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