Parque das Nações – 1998
Com o mestre Antonio (foto) de guia fomos ao Parque das Nações, vitrine de Arquitetura contemporânea, construído para a Exposição Mundial de 1998, para visitarmos alguns dos seus edifícios mais significativos, que apresentamos a seguir.
Pavilhão de Portugal – Álvaro Siza – 1996-7
Símbolo do Parque e da cidade de Lisboa sua característica principal é a laje de cobertura de uma imensa praça aberta. Dois blocos laterais ancoram uma fina laje protendida, que faz a cobertura dessa praça aberta, chamada “pala” que faz alusão aos toldos da praia próxima, como diz o arquiteto. Na imagem aparece meu amigo Antonio como escala humana.
Estação Oriente, Santiago Calatrava, 1998
Construída para a Exposição de 98 caracteriza-se por suas estruturas metálicas em forma de folhas, cobertas por vidros transparentes que protegem as plataformas e as linhas férreas da estação. Ela está integrada aos outros edifícios e equipamentos do Parque das Nações. Esta obra foi premiada em 1999.
Pavilhão da Utopia, Regino Cruz e SOM (Skidmore, Owigins & Merryl) 1998
É uma grande arena coberta multiuso, destinada a espetáculos e eventos de varias naturezas, com capacidade para 20.000 espectadores. Semi-enterrada sua cobertura, em estrutura de madeira, lembra um casco de barco emborcado, ou um animal marinho, alusão ao seu objetivo inicial como Pavilhão Atlântico.
Alem dessas obras marcantes o Parque das Nações conta com vários outros edifícios como a Torre Vasco da Gama, o Pavilhão do Conhecimento, o Oceanario, articulados por espaços livres e inúmeras alamedas com belo paisagismo. Dele também se pode avistar a ponte 25 de Abril, originalmente Salazar, que cruza o Tejo em direção a Almada.
O Parque das Nações possui muitos outros edifícios interessantes, sejam institucionais, residenciais, comerciais, hotéis, shopping Center, restaurantes, bares, de renomados arquitetos, podendo também ser percorrido por moderno teleférico
No Bairro de Belém situado a beira do Tejo, no seu lado oeste, destacamos as seguintes obras e atrações:
Mosteiro dos Jerônimos – Diogo Boitaca, 1502
Monumental joia arquitetônica de estilo Manuelino, construído com pedras brancas ricamente trabalhadas e dedicado aos descobrimentos portugueses é patrimônio da Humanidade desde 2007. Abriga Igreja de Santa Maria de Belém com monumental Nave e claustro, bem como vários jazigos reais, museus ligados a navegação e ciências.
Torre de Belém – Francisco de Arruda, 1514
Junto ao Mosteiro dos Jerônimos esta construção também está ligada aos descobrimentos portugueses, servindo inicialmente como defesa da cidade até se transformar em símbolo da cidade. É considerado patrimônio cultural mundial desde 1983.
- Pasteis de Belém
Que não tem nada a ver com os conhecidos pasteis fritos brasileiros. Esses são os tradicionais doces de nata e gemas de ovos assados e polvilhados com açúcar e canela, fabricados pela Antiga Pastelaria de Belém, com receita sob segredo. Constituem um verdadeiro patrimônio gastronômico da cidade. Impossível comer um só. Compra-se uma caixinha com vários. Uma delicia.
Centro Cultural Belém – Manuel Salgado e Vittorio Gregotti – 1992
Monumental centro de exposições e conferencias de linguagem moderna, construído em pedra rosada e brilhante, junto ao Tejo e ao monumento Padrão dos Descobrimentos, na frente do Mosteiro dos Jerônimos, as vezes criticado por obstruir sua visão do Rio. Possui imenso auditório e espaços interiores muito generosos.
Farol de Navegação – Gonçalo Byrne – 2001
Criativa releitura contemporânea de um farol tradicional, esta torre destina-se a sinalização, controle e orientação de navegação do Rio Tejo no seu estuário junto a Lisboa. Como que ancorado numa ponta de pedra tem a interessante forma de um leme iluminado e com sofisticados equipamentos de controle.
Arredores de Lisboa
Como já havíamos ido a Sintra, Estoril nas anteriores estadas, desta vez buscamos outras opções, fora Cascais que repetimos.
Cascais: Desta vez, sempre guiados pelo mestre Antonio, esticamos até Cascais, balneário que está bastante transformado em relação à primeira. vez que lá estivemos. Muitas construções novas de estilo internacional, competindo com os espaços tradicionais, inúmeros turistas nos bares e restaurantes.
Mafra: O destaque de Mafra é o seu Palácio Nacional com sua Basílica e o convento do século XVIIII.
Ericeira
Bela Vila de pescadores na beira do Oceano Atlântico, situada a 50km a noroeste de Lisboa, em recente processo de transformação edilícia.
O mar está muito abaixo da orla, com ondas fortes otimas para o surfe, separado por muros onde as pessoas se debruçam para apreciar o mar, ficando de costas para as vias marginais; por esse motivo os lusos chamam esses muros, de forma gaiata, de ¨os muros dos cus¨.
Em fino restaurante a beira mar saboreamos inesquecíveis camarões gigantes e um fresquíssimo peixe na brasa, acompanhados de um ótimo vinho branco, descortinando a paisagem marítima.
Oeiras
Populoso e extenso distrito de Lisboa, pólo industrial e comercial e sede de varias empresas multinacionais. Dentre seus vários monumentos culturais visitamos o histórico Estádio Nacional Jamor de 1944, incrustado num belo parque, ameaçado de demolição.
Guias de Arquitetura Portuguesa
Para aqueles que querem saber mais sobre a Arquitetura de Lisboa e Portuguesa recomendo as seguintes leituras:
- Guia Urbanístico e Arquitectonico de Lisboa – Associação Arquitectos Portugueses, Lisboa 1987.
- Viagem a Portugal de Jose Saramago – Cia das Letras, S. Paulo, 1997
- Arquitectura Popular em Portugal (2 volumes) de João Afonso. Associação dos Arquitectos Portugueses, 2003
- Descontinuidade. Arquitectura contemporânea norte de Portugal. Civilização editora 2005
- Gulbenkian – Arquitectura e Paisagem, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa 2007.
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