segunda-feira, 10 de novembro de 2014

LISBOA 2 / SET 2010

 “O viajante não é turista. É viajante. Há grande diferença. Viajar é descobrir, o resto é simples encontrar.” José Saramago em Viagem a Portugal.
  
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Vista Panorâmica de Lisboa

Esta foi nossa 3ª. visita a Lisboa. A primeira se deu em 1978, quando atravessei Portugal de sul a norte, num mini  carro vindo da Espanha, juntamente com minha mulher.

Iniciamos pelo Algarve e suas lindas chaminés mouras, passando pelo Além Tejo e seus sobreiros de cortiça, por Lisboa, Sintra, Évora, Coimbra chegando ate a cidade do Porto, do Rio Douro, da bela ponte de ferro de Gustave Eiffel, da arquitetura urbana tradicional  e de  seu vinho famoso.

A 2ª. vez foi em 1982 quando fomos visitar meu ex-sócio e amigo Miro, que fazia uma temporada de trabalho em Portugal, participando das informatizações das Bolsas de Valores de Lisboa e Porto,  morando em Cascais. Iamos de comboio desde Lisboa, numa bela e rapida viagem, parando quase sempre em Estoril.

Vamos, porém ,nos fixar na ultima viagem, que se restringiu a Lisboa e que por ser a mais próxima propicia melhores lembranças. As outras ficam para depois.

Lisboa é a entrada natural da Europa para nós, em vôo direto do Rio de Janeiro ou de S.paulo. Nossa estadia na cidade foi de 4 dias na ida e mais 1 na volta do giro que fiz pela Europa. Nesta nossa 3ª. passagem por Lisboa ficamos no Hotel Embaixador, econômico, mas confortável,  próximo à estratégica Praça Marques de Pombal, servida de muito transporte.

Lisboa, capital de Portugal tem cerca de 570 mil habitantes, de certa forma compacta, com topografia acidentada, forte presença do Rio Tejo, que  levou os portugueses a percorrer o Mundo em suas famosas caravelas. A cidade apresenta certa familiaridade para nós brasileiros, pela nossa herança cultural, pela língua (apesar do sotaque e palavras de significados diferentes) e paisagens semelhantes.

Respira-se ainda certo ar de tranqüilidade, de quem deu um tempo para entrar na contemporaneidade e que também convive com muitas coisas tradicionais. Obras historicas de arquitetura se alinham a vários exemplares de construções modernas e contemporâneas.

Lisboa cheira a castanhas assadas nas praças do centro histórico ,na época do outono e sardinhas  na brasa nas ruas da Alfama e bairro Alto.

Não se pode ir a Portugal sem provar o bacalhau, o azeite, o vinho verde, o queijo da serra da estrela, seus doces carregados de gemas de ovos (as claras serviam para engomar as roupas); O bolinho de bacalhau, que além de iguaria nacional serve de parâmetro econômico para o custo de vida nacional. E, evidentemente, sem deixar de ouvir um fado na Alfama ou no Bairro Alto.

Suas mais destacadas atrações estão em bairros próximos ao centro, na Baixa  e no Chiado; Sítios como a Alfama, o Bairro Alto, Amoreiras, Praça da Estrela, bem como um pouco mais distantes como o Belém e a parte Oriental, são fáceis de serem alcançados por transporte coletivo, com destaque para o famoso bonde 28 e uma pequena, mas moderna, rede de metro.

Nesta viagem a Lisboa tive a sorte de ser ciceroneado pelo Antonio, amigo novo, ex piloto da TAP e da Forca Aérea Portuguesa, primo da Priscila e do Elcio Gabrioli colegas brasileiros, que dedicou juntamente com sua mulher Terezina, praticamente todo o seu tempo, me levando pra cima e pra baixo em seu auto, me acompanhando em todos os sítios, num papo alegre e inteligente, inclusive não me deixando dividir nenhuma despesa. Difícil retribuir tamanha hospitalidade. Foi uma maravilha.

Explicação necessária
Os lugares e as obras aqui apresentadas são aquelas que realmente visitamos e documentamos, através de fotos e dados colhidos no local. Eventualmente podemos usar imagens extraídas da net ou scaneadas de catálogos, quando julgamos necessário, para melhor ilustrar os textos apresentados.

-Baixa e Chiado
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                             Rua Almeida Garret                                    

Iniciamos nossa visita tomando a Avenida Liberdade e passeando pela Baixa, tradicional centro histórico e comercial, herança do Marques de Pombal, percorrendo suas ruas e pelo Chiado, a partir da Praça do Rossio, espaços que foram reurbanizados por projeto do Arquiteto Álvaro Siza, após o grande incêndio de 1988.

Tomamos uma bica no café A Brasileira junto com o espírito e a estatua de Fernando Pessoa, da Praça da Figueira, subindo no Elevador Santa Justa, projeto de Raoul Mesnier Du Ponsard, interessante estrutura metálica do final do século 19, para ver uma das belas vistas panorâmicas de Lisboa. Jantamos o clássico bacalhau com vinho nacional no tradicional Café Nicola, outro ícone da cidade e  reduto da boemia e intelectuais portugueses.

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Castelo S.Jorge

Localizado próximo ao centro, numa das suas 7 colinas da cidade, esta Fortaleza medieval, com suas dezoito torres de pedra,  propicia uma das melhores vistas panorâmicas da cidade. Vale a subida.

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    Alfama e Bairro Alto

Redutos dos restaurantes, bares, Casas de Fado e da vida noturna da cidade é composto por ladeiras e ruelas tradicionais, tradicionais casarões geminados, numa paisagem urbana de origem moura, que retrata a alma genuinamente portuguesa.

- Museu do Fado Largo do Chafariz de Dentro / Alfama
 Ótimo museu dessa instituição portuguesa que é o fado e sua guitarra, com direito a uma curta apresentação musical. Fica na antiga estação elevatória de águas do Recinto da Praia.
                    
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Museu Calouste Gulbenkian – Alberto Pessoa, Pedro Cid e Ruy d' Athouguia – 1960-69 
   
Implantado no Parque de Santa Gertrudes, no centro de Lisboa este edifício fruto de concurso publico é um marco arquitetônico moderno da cidade.

Ele é formado por 3 corpos baixos  articulados, que lembram a implantação do prédio da  Bauhaus de Gropius, entremeados por primorosos jardins  de Antonio Viana Barreto.

Esses blocos são a sede da Fundação Gulbenkian, o Museu que reúne toda a coleção de obras de arte de seu fundador e um grande Auditório. Outras dependências de apoio como Biblioteca, Restaurante, anfiteatro ao ar livre, estacionamento, complementam o belo complexo construído.


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