quarta-feira, 12 de novembro de 2014

VALORES E VIRTUDES


“Com simplicidade a vida se torna mais leve, mais prazerosa e mais humana”.
Enveredando um pouco por pensamentos filosóficos, na busca de um sentido para a vida.
Que valores imateriais devemos cultivar para nos tornarmos seres humanos mais perfeitos e mais úteis socialmente?
Que virtudes e qualidades devemos perseguir em direção à felicidade e a paz de espirito?
Que predicados devemos possuir para estarmos em consonância com os reconhecidos valores universais voltados para uma sociedade mais justa, humana e fraterna?
Vamos explicitar alguns deles com os quais me identifico e tento perseguir, desde sempre, alertando, porém que me encontro numa situação particular, ligada ao ocaso da vida, usufruindo de certos privilégios conquistados, mas também impregnado de vasta e longa carga emocional, com certos desconfortos e limitações inerentes a essa condição longeva.
Cada vez mais busco a simplicidade. Parece que assim, fica mais fácil ser feliz.
Simplicidade na forma de viver, de se comportar, nos hábitos, no vestuário, na alimentação, nas coisas, nos usos e costumes.  
Nessa altura da vida porque complicar, se passamos a mais parte dela à contemplação ao invés da ação, ao ócio em vez do trabalho.
Viver com o mínimo de bens materiais, com desapego e desprendimento, sem preocupação com a posse e sim com usufruto das coisas. Com o prazer intelectual, com o mínimo de bens necessários para uma vida com conforto e dignidade. Sem exageros ou ostentação. Desvencilhando-me do supérfluo. Evitando os desperdícios. Com equilíbrio e frugalidade.
Porque duas casas se só preciso de uma? De dois carros, se só usamos um de cada vez? Porque uma infinidade de roupas, de sapatos, se só usamos o trivial? Porque o abastecimento e o estoque exagerado de viveres, se não consumimos tudo e que podem estragar? Porque o desperdício de agua? Porque um aparelho de tevê em cada quarto da casa? Porque trocar de celular todo ano? Porque tantos cartões de credito e contas bancárias? Porque tantas bugigangas e tranqueiras inúteis que acumulamos ao longo da vida.
Vivo agora curtindo e valorizando as coisas e os gestos mais simples, usando do tempo que for necessário para contemplá-los. Devagar e lentamente com calma e atenção. Grande parte deles disponíveis e gratuitos. É só se interessar.
Coisas impagáveis como a beleza do mar em frente, o por do sol, um bom som no volume adequado, uma comida gostosa, um bom livro, um sorriso verdadeiro, uma ajuda desinteressada, uma gentileza inesperada, o respeito devido, a amizade sincera e coisas assim.
Infelizmente porem, não me é simples ver o mundo contemporâneo. Cada vez mais complexo mais dinâmico, imediatista, consumista, virtual, me sentindo um tanto inseguro no seu presente e em relação ao seu futuro. Nada a ver com saudosismo.
Parece que há uma inversão ou subversão na ordem das coisas, no comportamento atual.
Porque valorizar tanto a posse e não o uso das coisas? O secundário e não o essencial? A violência e não o amor? A arrogância e não a humildade? A mentira e não a verdade? O egoísmo e não a generosidade? A virtualidade e não a realidade nas relações? O privado e não o publico? O preconceito, o racismo e não a liberdade? O individualismo e não o coletivo? O predatório e não a conservação? E por ai vai.
Junto à simplicidade é preciso destacar também outras virtudes e qualidades que igualmente importantes pelo seu significado e caráter abrangente; Por considera-las bastante caras pretendo discorrer da mesma forma em outros posts.
São elas a Honestidade, a Modéstia, a Sinceridade, a Dignidade, a Seriedade, a Ética, o Caráter, a Moral, a Generosidade, a Poupança, a Tolerância, Desprendimento, o altruísmo, a Riqueza, a Liberdade, a Paciência, a Amizade, o Equilíbrio, que sem as quais é impossível ser feliz.
Conceitos fundamentais  que não são meras palavras, mas sim valores universais que sempre busquei me identificar e que foram recebidos de herança familiar e do ambiente saudável que cresci e me desenvolvi.

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